PT EN

06 maio 2020

Mulheres Mapuches em Resistência Defendendo sua Terra

Essa entrevista faz parte do livro Fala Carolinas! Mulheres na luta por vida e dignidade, uma poderosa reunião de entrevistas, ensaios e poemas de mulheres negras, indígenas e periféricas que protagonizam e narram a luta de movimentos por moradia, transporte, cultura, LGBTQI+, contra o cárcere, curandeiras, parteiras, educadoras, e na resistência das comunidades indígenas no Chile.

Gostou? Colabore na nossa campanha de pré-venda!

Newentuli pu Zomo Inkapelu ñi Mapu

Mulheres Mapuches em Resistência Defendendo sua Terra

(Foto tirada por Nara na Marcha 08 de Março)

Através da história das mulheres indígenas protagonizamos uma participação ativa nos diferentes movimentos de resistência que existiram pela defesa dos nossos direitos coletivos tanto como individuais, entretanto, nossa particIpação foi invibilizada por diferentes motivos, em consequência, a história oficial sempre foi escrita pelos vencedores que são homens e não indígenas.

Sabemos bem que somos mulheres indígenas com identidade própria, somos filhas da mãe terra, cada uma de nós leva os espíritos de, gen Mapu, serras, rios, montanhas, lagos e mais somos parte e ao mesmo tempo conformamos uma unidade com nossa Ñuke Mapu (mãe terra), sua sobrevivência é nossa sobrevivência, portanto, a luta, a resistência e a defesa dos territórios, tanto urbanos como rurais, é a essência do nosso ser, e desde este olhar, queremos mudar tudo isso e contribuir para refundar esse país.

Hoje no Chile, logo com a quebra do sistema capitalista neoliberal que nos oprime, temos a oportunidade de refundar sobre nossa própria lógica,pensamentos, concepções e conhecimentos, de mulheres de povos originários, um melhor país, e de auxiliar na criação de uma nova constituição que levante os pilares de uma sociedade mais justa, que represente as diversidade próprias deste território, reparando os abusos históricos cometidos contra os povos originários, das mulheres e de todos grupos excluídos.

Atualmente as políticas públicas não reconhecem os povos originários no marco constitucional, se não unicamente em um marco cultural-histórico com uma perspectiva colonizadora gerando assim uma perda histórica para o povo mapuche que antecede ao estado do Chile por mais de 13.000 anos.

Enquanto as políticas específicas para as mulheres no Chile, que conta com o Ministério para a Mulher e Equidade de Gênero para o desenho e execução destas, a mulher indígena está excluída porque não existe linha de trabalho para as mulheres destes povo (população indígena representa 12.8%).

É por isso nos posicionamos desde a reivindicação e a luta para a conservação da vida em comunidade e espaços urbanos dos quais fomos deslocados pela usurpação de nossos territórios, apresentaremos brevemente algumas das diferentes problemáticas existentes:

O anteriormente exposto nos impulsiona, como Rede de Mulheres Mapuches a buscar e reencontrar as estratégias de resistência que nossas papay (ancianas) utilizaram e atualmente utilizam para manutenção dos nossos saberes, a fim de fortalecer nosso kvme mogen (bom viver), em armonía com a natureza, e para ele tem especial relevância a recuperação do território usurpado para fazer justiça e reparação a nossas demandas históricas do povo Mapuche.

@reddemujeresmapuche


Español:

Newentuli pu Zomo Inkapelu ñi Mapu

Mujeres Mapuche en resistencia defendiendo su tierra

(Foto tirada por Nara na Marcha 08 de Março)

A traves de la historia las mujeres indigenas protagonizamos una participacion activa en los diferentes movimientos de resistencia que han existido por la defensa de nuestros derechos colectivos tanto como individuales, sin embargo, nuestro rol ha sido invisibilizado por diferentes motivos, en efecto, la historia oficial siempre ha sido escrita por los vencedores quienes son hombres y no indígenas.

Bien sabemos, que somos mujeres mapuche con identidad propia, somos hijas de la madre tierra, cada una de nosotras lleva los espíritus de, gen Mapu, cerro, ríos, montañas, lagos y más, somos parte y a la vez conformamos una unidad con nuestra Ñuke Mapu (madre tierra), su supervivencia es nuestra supervivencia, por ende, la lucha, la resistencia y la defensa de los territorios, tanto urbanos como rurales, es esencia de nuestro ser, y desde esta mirada, queremos cambiarlo todo y contribuir a refundar este país.

Hoy en Chile, luego del quiebre del sistema capitalista neoliberal que nos oprime, tenemos la oportunidad de refundar bajo nuestras propias lógicas, pensamientos, concepciones y conocimientos, de mujeres de pueblos originarios, un mejor país, y de aportar en la creación de una nueva Constitución que cimiente los pilares de una sociedad más justa, que represente las diversidades propias de este territorio, reparando los abusos históricos cometidos en contra de los pueblos originarios, de las mujeres y de todos los grupos excluidos.

Actualmente las políticas públicas no reconocen a los pueblos originarios en el marco constitucional, sino únicamente en un marco cultural-histórico con una perspectiva colonizada generando así una perdida histórica para el pueblo mapuche que antecede al estado de Chile por más de 13.000 años.

En cuanto a las politicas especificas hacia las mujeres en Chile, que cuenta con un Ministerio de la Mujer y la Equidad de Género para el diseño y ejecución de éstas, la mujer indígena está excluida porque no existe una linea de trabajo hacia las mujeres de éstos pueblos (la población indígena representa el 12.8%).

Es por esto que nos posicionamos desde la reivindicación y la lucha para la conservación de la vida en comunidad y espacios urbanos donde hemos sido desplazados por la usurpación de nuestros territorios, presentaremos brevemente algunas de las diferentes problemáticas existentes:

Lo anteriormente expuesto nos impulsa, como Red de Mujeres Mapuche a buscar y reencontrar las estrategias de resistencia que nuestras papay (ancianas) utilizaron y actualmente utilizan para la mantención de nuestros saberes, a fin de fortalecer nuestro kvme mogen (buen vivir), en armonía con la naturaleza, y para ello tiene especial relevancia la recuperación del territorio usurpado para lograr justicia y reparación a nuestras demandas históricas del pueblo mapuche.

0 Comentário

Deixe o seu comentário!

Seu e-mail não será divulgado

keyboard_arrow_up